16.11.15

Bombarral - Parque temático pode ser uma realidade em 2018

“Vamos ter parque temático, é uma questão de timing”, disse José Vieira, edil local, referindo-se ao parque temático alusivo à história, que terá 38 hectares (dois terços dos 57 hectares que ocupa a Disneyland Paris) e que representa um investimento de 53 milhões de euros. Pretende-se que este investimento, da Sky Towers, uma empresa de capitais privados ingleses que conta com a colaboração do caldense Manuel Remédios (responsável pelo projecto) e Hartley Booth (que foi ministro nos governos de Margaret Tatcher), crie 320 empregos.
O parque terá 28 aparelhos de diversão (entre as quais se encontra uma montanha-russa, uma roda gigante, um barco pirata, mini-golfe e cinema 4D). Segundo um estudo da própria empresa, deverá atrair 500 mil visitantes anuais, gerando 14,5 milhões de euros por ano. No primeiro ano esperam conseguir 6,6 milhões de euros de lucro bruto, baseando as suas estimativas num preço de entrada de 22 euros por pessoas e em gastos de 10 euros por visitantes em comida, bebidas, compras e fotografias, entre outros bens.
Outro dos atractivos será restaurante panorâmico na Sky Tower, que complementa a oferta de lojas, bares, restaurantes e centro de exposições disponível no parque.
O terreno onde este parque será instalado foi cedido pela autarquia por 60 anos, em troca de 200 mil euros de entrada, com uma renda anual de 100 mil euros e 5% da receita anual sobre os lucros de exploração.
Em Maio de 2013 Manuel Remédios havia contado à Gazeta das Caldas que depois de uma visita à Gruta Nova da Columbeira (com testemunhos arqueológicos atribuídos ao homem de Neanderthal há 30 mil anos a.C.) os investidores haviam ficado muito entusiasmados com a possibilidade de a integrar num percurso que ligue ao parque.
Segundo as últimas previsões, o parque deve começar a ser construído em 2017, abrindo ao público em 2018. As medidas da Declaração de Impacto Ambiental (emitida pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo), que permite a construção do empreendimento, perdem validade em Dezembro de 2018.
Para que este projecto seja uma realidade, o governo considerou o projecto de “relevante interesse público”, desclassificando 14 hectares da Reserva Agrícola Nacional. Só assim é possível avançar para a construção, apesar de a Câmara do Bombarral ter dado interesse municipal ao projecto e ter mostrado a abertura para alterar o PDM.
José Vieira afirmou não ter dúvidas de que este investimento será uma realidade, “embora aceite as dúvidas que pairam sobre quem não tem acompanhado o processo”. Assim, esclareceu, “aquilo que era o trabalho da Câmara foi feito. Demorou, demorou quatro anos”, mas foi concluído.
Este trabalho prendia-se com o ordenamento de território, “e agora a bola está do lado dos investidores ingleses que estão a fazer o seu trabalho de casa: a concepção dos projectos e uma série de tramitações”.
Com os devidos agradecimentos à autora, publico este texto que,  faz parte de uma grande reportagem sobre o PDM do Bombarral,  para chamar a atenção para o facto de, para o mesmo ser feito, terem DESAPARECIDO mais 14 hectares da Reserva Agrícola Nacional. Qualquer dia destes, o OESTE, produz o quê? NADA!